A Câmara analisa o Projeto de Lei 3524/12, do Senado, que inclui a
moradia como direito básico das pessoas com deficiência e dá prioridade a esses
cidadãos em programas habitacionais públicos ou subsidiados com recursos
governamentais.
A proposta altera a Lei 7.853/89, que prevê medidas
para a inclusão social dos indivíduos com deficiência. Atualmente, a lei
assegura a esse público o direito à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à
previdência social e ao amparo à infância e à maternidade.
Autora do projeto, a ex-senadora Marisa Serrano argumenta que são
"ínfimos" os percentuais de moradia popular financiados pela Caixa
Econômica Federal para os cidadãos com deficiência.
Dados de 2006 da Agenda Social do Conselho Nacional dos Direitos da
Pessoa com Deficiência (Conade), citados por Marisa, mostram que apenas 5.239
famílias com renda de até cinco salários mínimos e que possuem integrantes com
alguma deficiência foram atendidas pelos programas de habitação social. Segundo
o Censo de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
completa a ex-senadora, há mais de 21 milhões de cidadãos com deficiência de
baixa que poderiam ser atendidos por esses programas. “Logo, menos de 0,025% da
população está assistida”, conclui.
Abrangência
Marisa Serrano ressalta ainda que a proposta pode beneficiar um número cada vez
mais de indivíduos. “Qualquer pessoa poderá adquirir alguma deficiência física
ou mental durante a vida, o que confere às políticas de compensação nessa área
um caráter de seguro social de abrangência universal”, diz.
O projeto também padroniza a terminologia usada na Lei 7.853/89 para se referir às pessoas com deficiência, adequando o texto ao da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2007.
O projeto também padroniza a terminologia usada na Lei 7.853/89 para se referir às pessoas com deficiência, adequando o texto ao da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2007.
Tramitação
A proposta tramita apensada ao PL 7699/06, que cria o Estatuto do Portador de Deficiência, e está pronta para ser votada em Plenário.
A proposta tramita apensada ao PL 7699/06, que cria o Estatuto do Portador de Deficiência, e está pronta para ser votada em Plenário.
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