segunda-feira, 16 de julho de 2012

ESCARAS


Medicina Crosta escura que se fôrma na pele, sobre as feridas etc., pela mortificação dos tecidos (derma, aponeurose, músculos).f.
Crosta de ferida que resultou de gangrena ou de cáustico


Fases de evolução da escara:

1. eritema (vermelhidão);

2. edema (inchaço);

3. isquemia (irrigação sangüínea deficiente);

4. necrose (morte dos tecidos).


Principais fatores de risco para o desenvolvimento de escaras:

- limitação dos movimentos;
- estados nutricionais debilitados;
- nível de consciência comprometido;
- perda da sensibilidade tátil e/ou térmica;
- umidade (paciente muito tempo molhado por suor, urina e fezes);
falta de asseio;
- excesso de calor ou frio.





Medidas de prevenção

- usar protetores de espuma (caixa do ovo), rolos e almofadas nas áreas de maior risco;

- colchões de ar, gel ou de alpiste apóiam o corpo de forma correta, ajustando-o com perfeição em toda a sua extensão, sem causar pressão excessiva;

- manter o paciente fora do leito sempre que possível;

- evitar superposição dos membros do paciente;

- mudar o paciente de posição constantemente (de 2 em 2 horas);

- manter a cama sempre limpa, seca e os lençóis bem esticados e livres de migalhas;

- retirar imediatamente qualquer roupa úmida;

- proteger a pele com película transparente, hidrocolóides etc. onde haja pressão das saliências ósseas e/ou contato com aparelhos gessados ou mecânicos;

- zelar pela higiene pessoal do paciente;

- fazer massagem com vaselina, óleo ou creme à base de camomila, ácidos graxos essenciais (AGE), óxido de zinco etc;

- executar movimentos passivos nos membros do paciente;

- cuidar do estado geral do paciente, oferecendo-lhe alimentos ricos em proteínas, sais minerais e vitaminas.

Medidas terapêuticas

A manipulação de doentes portadores de escaras de decúbito exige cuidados especiais, não apenas da enfermagem, como também dos familiares.

- caso o procedimento esteja sendo feito em domicilio, solicitar orientação do médico sobre a evolução do quadro;
- observar sistematicamente o aspecto externo do curativo quando das mudanças de decúbitos;
- na presença excessiva de secreção, proceder à troca do curativo, independentemente de estar no horário para trocá-lo.



Como fazer o curativo:
1. lavar as mãos em água corrente;
2. usar detergente anti-séptico e/ou sabão neutro;
3. calçar luvas de procedimento;
4. remover o adesivo do curativo anterior com óleos e/ou cremes hidratantes, tomando cuidado para soltar os pelos aderidos e observar reações alérgicas;
5. fazer a anti-sepsia da ferida com gaze embebida em soro fisiológico (se possível, morno), fazendo movimentos de dentro para fora (nunca fazer movimento no sentido de fora para dentro da ferida, o que poderá contaminá-la ainda mais);
6. com outra gaze seca, remover as secreções e os restos de tecido necrosado;
7. descartar a gaze após uso;
Obs.: caso o curativo seja realizado no momento do banho, utilizar sabonete liquido anti-séptico, cuidando para não deixar resíduos;
8. fazer o curativo usando o produto indicado: papaina, hidrogel, AGE etc;
9. fazer um curativo secundário com: gazes (de preferência não aderentes), absorventes femininos, atadura de crepe etc;
10. retirar a luva e lavar as mãos;
11. deixar o paciente bem acomodado e confortável, evitando posição que comprima a área da lesão;
12. fazer mudanças de decúbitos para evitar complicações nas escaras existentes, e prevenir o surgimento de outras;
13. trocar o curativo sempre que necessário.

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