A Lei Maria da Penha 11.340/06 completou seis anos nesta terça-feira (7). Desde
sua edição, aumentou o número de denúncias contra a violência doméstica, mas os
índices de agressão contra a mulher brasileira continuam entre os mais altos do
mundo.
Números da Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, mostram que nos primeiros meses deste ano mais de 2 mil
mulheres ligaram, por dia, para denunciar algum tipo de violência. Dessas, 53% denunciaram risco de morte, e
outras 20% reclamaram de ameaças de
espancamento dentro de casa.
No entanto, a coordenadora-geral de Acesso à Justiça e Combate à
Violência da Secretaria da Mulher, Ana Teresa Iamarino, acredita que a
violência não aumentou. Segundo ela, o que vem crescendo é o número de
atendimentos prestados nas delegacias. "Na medida em que as mulheres têm
mais acesso à informação, elas buscam uma resposta do Estado para essa
situação, que sempre existiu. Agora, no entanto, temos mais formas de lidar com
essa mulher para que ela consiga romper esse ciclo de violência”, avalia Ana
Teresa.
Ela explica que as mulheres vítimas de violência podem ser encaminhadas
a delegacias especializadas, centros de referência ou casas-abrigo, dependendo
da situação. “Elas são encaminhadas para as delegacias de atendimento à mulher
quando desejam que o crime seja investigado. Elas podem ainda ser encaminhadas
aos centros de referência especializadas no atendimento às mulheres onde terão
acompanhamento psicossocial para tentar resgatar a autoestima, a autonomia e
buscar inserção no mercado de trabalho”, explica Ana Teresa.
E, no caso de mulheres que estejam correndo risco iminente de morte, Ana
Teresa explica que elas são encaminhadas às casas-abrigo. “(Essas casas) são
locais seguros e sigilosos em que elas podem ficar enquanto não se resolve a
situação do agressor.”
fonte: câmara dos deputados
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