Entrevista de audio sobre preconceito:
Peço-lhe uns minutos de sua atenção para eu lhe contar o meu caso: passei em primeiro lugar em um Concurso de Agente Comunitária de Saúde na minha cidade de Rodeio, Santa Catarina. Não fui admitida no exame médico, alegando que, por eu ser deficiente, o trabalho afetaria minha saúde. Gostaria de esclarecer que na última campanha eleitoral municipal eu fui de casa em casa distribuir santinhos e os candidatos, atuais eleitos, não se opuseram. Infelizmente agora para trabalhar eu não posso. Entrei na justiça com um processo de Mandado de Segurança, o Ministério Público avaliou o caso como discriminação. O juiz deu a sentença a meu favor, mas a prefeitura não quer cumprir o Mandado de Segurança. Ou seja, não querem cumprir uma ordem do juiz. Minha advogada já entrou com uma petição para a prefeitura ser punida e cumprir com o Mandado. Gostaria de tornar público esse absurdo, onde o poder executivo se nega a cumprir uma ordem do legislativo.
Eu e minha advogada demos uma entrevista a uma rádio local sobre isso. Se puderem ouvir:
Mas a prefeitura que não está preocupada com a justiça e tão pouco para a mídia, não tive ainda nenhuma resposta.
Então peço ajuda.
Letícia
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Letícia é cadeirante e concorreu em igualdade de condições com os demais candidatos que não possuem limitações, foi aprovada em primeiro lugar. No entanto, os médicos peritos da prefeitura de Rodeio alegam que o trabalho traria danos à sua saúde e que o local não tem condições de recebê-la, pois não tem acessibilidade. Quantas justificativas injustificáveis para mascarar tamanho preconceito e discriminação. Se o local não é acessível, isso não é problema dela, mas da prefeitura que não cumpre a legislação em não oferecer acessibilidade arquitetônica às pessoas com deficiência. Essa é a primeira vez que ouço dizer que trabalho causa mal à saúde. Quanta barbaridade!
Veja até que ponto chega o preconceito: o município não quer cumprir uma ordem do juiz. Pelo visto o prefeito dessa cidade está trabalhando pela exclusão, segregação das pessoas com deficiência.
Espero que essa posição excludente, vergonhosa e discriminatória da Prefeitura de Rodeio possa, urgentemente, ser revista e modificada. A Letícia só quer TER O DIREITO DE TRABALHAR e nada mais!
Caro leitor, veja o quanto ainda temos que trabalhar na construção de uma sociedade mais digna e humana.
Peço ajuda de todos os amigos na divulgação dessas informações! Republiquem em seus blogs e sites, por favor!
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